O papel do coaching no desenvolvimento pessoal dos colaboradores

Um número crescente de organizações reconhece o valor da prática como alavanca para o crescimento contínuo dos seus recursos humanos, ciente de que bem-estar e produtividade andam de mãos dadas. A PHC não é exceção.

“Muitos golfistas sabem qual o objetivo, mas não têm claro sobre por que jogam. (…) O porquê de ele ou ela jogarem e o significado que lhe atribui vão influenciar muito o seu estado de espírito”. A frase é de Tim Gallwey, considerado “o pai” do coaching no desporto, e foi dita ao Negócios aquando da sua vinda a Portugal para mostrar como o golfe pode ter efeitos no negócio. Mas, porque razão iniciámos nós este texto – perguntam vocês – com uma explicação acerca da prática de um desporto, quando o título remete para o papel do coaching nas organizações?

A resposta é simples: para refutar a ideia da prática como instrumento motivacional. Seja no desporto ou nas organizações. Tal como no golfe, em que o jogador precisa de se motivar a si próprio, também nas empresas os colaboradores têm de encontrar as próprias motivações. Porque da mesma forma que o golfista não pode depender da motivação do treinador (se o fizer, em pouco tempo sofrerá o impacto do desvio da motivação), o colaborador também não pode estar à espera de ficar milagrosamente motivado a partir do momento em que inicia a prática do coaching. O papel do coachee não é motivá-lo: é fazer perguntas para ajudá-lo a encontrar as suas motivações.

No seu livro “The Inner Games of Tennis” – amplamente citado como uma influência significativa no desenvolvimento do coaching – Gallwey explica como, num jogo de ténis, o adversário não é apenas a pessoa que está do outro lado da rede. Há também um opositor interno – o ego – em forma de voz, sempre presente e ativa, que comenta todos os movimentos e ações do jogador, e que é, no fundo, a sua maior crítica, enfraquecendo-o, em vez de o ajudar a melhorar. No mundo laboral passa-se exatamente o mesmo, com as inseguranças como o medo de falhar, de não estar à altura ou de defraudar expetativas a bloquear o potencial real do colaborador e, consequentemente, a afetar a sua motivação e desempenho. De acordo com o autor norte-americano, esta “dúvida e autojulgamento são grandes interferências com a parte do cérebro que realmente coordena o comportamento”. É aqui que o coaching entra.

O coaching como facilitador da tomada de consciência

International Coach Federation (IFC) – primeira organização internacional do setor –  define coaching como “uma parceria com clientes (coachees), que tem por base um processo provocador e criativo, de forma a inspirá-los e a maximizar o seu potencial pessoal e profissional”. No fundo, e como defende Gallwey, o “coaching é uma relação de parceria – entre o coach e o coachee –  que revela e liberta o potencial das pessoas, de forma a maximizar o seu desempenho. É ajudá-las a aprender, ao invés de lhes ensinar alguma coisa.” Quase como um instrumento facilitador do desenvolvimento do potencial humano.

Num artigo de opinião escrito para a Visão, Ricardo Gonçalves,  co-founder da Collectiv, diz que um coach é “alguém que ajude uma pessoa a passar do seu estado atual para o estado onde pretende estar, seja a nível de carreira, relacionamentos, propósito na vida, ou simplesmente num estado onde se sinta bem com ela própria e com a vida”. Dito de outra forma, o coach questiona e promove a ação no coachee, ajudando-o no processo de atingir o “cenário ideal”.

Pegando novamente no exemplo dos colaboradores que subestimam as suas capacidades inconscientemente, por não se darem conta de que estão a bloquear o seu potencial real com medos e dúvidas, a função do coach é sensibilizar para a existência de determinada competência, ajudando o coachee a identificar os pontos críticos que estão a impedi-lo de fazer usufruto dela. “Quando a sensibilização é levada ao detalhe do comportamento, não há dúvida, julgamento ou manipulação mental, e a aprendizagem ocorre naturalmente, seguida de um comportamento mais eficaz”, explica Gallwey ao Negócios.

My Coaching PHC DNA

Em linha com o programa My Happiness que, desde 2017, nos põe diariamente a refletir sobre felicidade e sobre a forma como cada um de nós pode melhorar a sua atitude para ser mais feliz, em julho deste ano foi lançado o My Coaching PHC DNA, um programa de desenvolvimento personalizado, aberto a todos os PHCs, com objetivos muito concretos: ajudar-nos a ser mais felizes, focados e produtivos; a tomarmos consciência do nosso nível de competências atual e do nível que desejamos alcançar, com planos de ação focados nas áreas de melhoria;  e a termos noção dos comportamentos existentes, do seu impacto nos outros e no trabalho que desenvolvemos.

A citação “A vida começa no final da tua zona de conforto”, da autoria do escritor norte-americano Neale Donald Walch, traduz bem a forma como encaramos o coaching na PHC: um convite a “abandonarmos” a nossa zona de conforto e a encontrarmos respostas adaptadas ao contexto que vivenciamos, (re)descobrindo potencialidades que temos ou necessidades onde temos de fazer um investimento adicional.

“O objetivo é que, através de um processo orientado de autoconhecimento e de reflexão, o colaborador melhore as suas competências de autogestão e de autocrítica”, explica Alexandra Barosa-Pereira, uma das coach do MY Coaching PHC DNA e autora do livro “Coaching em Portugal”.
Ao contrário de outras práticas de desenvolvimento profissional como a consultoria, que visa detetar e reparar patologias internas das empresas, a solicitação de uma intervenção ao nível do coaching existe para “prevenir e promover saúde, ou seja um bem-estar físico, mental e social do indivíduo e da empresa”, reforça a coach do programa.

Identificados os objetivos pessoais que o colaborador quer alcançar, que terão necessariamente reflexo na sua performance profissional, tempo para – com a ajuda do coach –, identificar as condições que é necessário criar para essa mudança que, no caso das empresas, deve estar necessariamente alinhada com os objetivos de negócio. “Enquanto guias no processo de desenvolvimento pessoal, a nossa função é trabalhar e ajudar o colaborador a refletir sobre comportamentos, e a desenvolver competências – por exemplo, a melhoria da capacidade de relacionamento interpessoal, da capacidade de comunicação, entre outras – que identificou como deficitárias, procurando o ´como` e obtendo soluções”, reforça Ana Paula Mega, outra das coach do programa.

Uma das condições chave do processo de coaching é que só pode ser sujeito a um programa desta natureza quem o faça de forma voluntária, e é por isso que, e à semelhança de todas as iniciativas internas que visam fomentar a nossa atitude para a felicidade, o My Coaching PHC DNA não foi imposto. É apenas uma das muitas ferramentas que temos à nossa disposição para nos ajudar a crescer:  pessoal e profissionalmente.

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