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Felicidade no trabalho: realidade ou ficção?
27 de Outubro 2023
Tempo de leitura: 5min
O mundo do trabalho está a revolucionar os modelos de trabalho habituais e, com eles, chegam os novos desafios para líderes e empresas, de forma a poderem dar as melhores respostas.
A pergunta que se impõe é: se o mundo do trabalho – e não só – tem sofrido tantas alterações, faz sentido manter inalterada a gestão de pessoas em pleno século XXI?
E a tecnologia?
Automatização, métricas, people analytics, algoritmos, uma inteligência cada vez mais apurada que cumpre na perfeição – muitas vezes, ainda melhor – as tarefas que sempre ocuparam o dia a dia dos líderes e dos departamentos de recursos humanos, caracterizados por terem poucos elementos.
A gestão é cada vez mais exigente: o controlo total, as fórmulas obsoletas de Excel, o erro que não se consegue evitar, o cumprimento legal e administrativo, o cliente como ponto de partida e de chegada, acautelando todos os seus passos, erros ou inquietações.
Numa altura em que as taxas de retenção das empresas são cada vez mais baixas, as prioridades dos profissionais mudaram e os colaboradores estão dispostos a ir mais além quando têm uma escolha sobre onde, quando e por quanto trabalham.
Mais do que a questão filosófica sobre aquilo que a felicidade é para cada um, seja na vida ou na empresa, é certo que há fatores que são transversais.
Uma estratégia chamada “employee journey”
No artigo “Humanizar o Futuro do Trabalho”, a Deloitte afirma que cerca de 48% dos trabalhadores a nível mundial irão passar a trabalhar remotamente, total ou parcialmente, depois da pandemia, em comparação com os cerca de 30% anteriores a esta.
Por outro lado, o World Economic Forum confirma que em 2021, 68% dos líderes de RH atuais não têm uma estratégia para o futuro do trabalho, o que representa um risco para a taxa de sucesso de retenção das melhores pessoas.
Razões de peso que levam a acreditar que “ter o employee experience como estratégia de gestão é um diferencial competitivo”. Esta é a conclusão do “Barómetro RH 2021/22”, realizado pelo Kaizen Institute em parceria com a Hays Portugal.
Se os colaboradores forem centrais no negócio, estamos não só a contribuir para o “aumento das taxas de retenção, como para o fortalecimento da cultura, de um maior envolvimento das equipas, sem esquecer a satisfação do cliente”, esta é a opinião de Filipe Fontes, diretor do Kaizen Institute Western Europe.
Apesar de todos estes indicadores, a realidade no terreno é outra: o estudo do Kaizen Institute realizado em parceria com a Hays Portugal confirma que 54% dos líderes de pessoas inquiridos optaram por um modelo de trabalho presencial. Dentro dos maiores entraves para a implementação do trabalho híbrido, 46% menciona a dificuldade de manter o espírito de equipa, motivação e sentimento de pertença à distância. Já 43% aponta a falta de garantia de comunicação eficiente e clara.
Mas afinal, como liderar no atual paradigma?
Shiny happy people: liderar para avançar
Se os modelos de trabalho mudaram e as necessidades das empresas também, é necessário que a liderança consiga acompanhar essas mesmas mudanças de forma proativa.
A organização precisa criar espaço para que a employee journey possa existir e siga modelos de liderança que sejam compatíveis com o novo paradigma. Este é, aliás, o mote do Human Capital Management, um modelo de gestão de pessoas que ganha cada vez mais terreno na gestão de pessoas em todo o mundo em que a tecnologia é aliada ao talento.
É necessário criar soluções para que seja possível acompanhar as pessoas desde o primeiro instante, ainda na captação e recrutamento.
É necessário conseguir reter o talento na organização, dar espaço e tempo para para se envolva com a estratégia, desenvolva as suas aptidões, descubra onde e como melhorar de forma a motivar equipas duradouras e mantê-las unidas, superando os objetivos mais ambiciosos.
Prémios, formação, wellbeing… apesar de não serem práticas novas, voltam agora a ganhar destaque nas estratégias da gestão de pessoas.
Redução da carga administrativa com óbvios ganhos de tempo, um sistema de avaliação de 360 graus, as melhores análises que lhe permitem saber o que fazer, na hora certa.
Num momento em que não restam dúvidas de que o talento é o recurso mais valioso de uma empresa, é imperativo que o negócio não fique esquecido.
Os colaboradores e os líderes merecem mais, as empresas merecem melhor.
Pedro Neves é investigador da Nova SBE e convidado do podcast da PHC, Business@Speed. Traçou, recentemente, um perfil do novo líder que surge neste no atual paradigma:
“Em primeiro lugar, tem de saber tirar partido da flexibilidade. Depois, deve saber avaliar as oportunidades de desenvolvimento para os membros da sua equipa e, no momento certo, ir dando oportunidades de crescimento às pessoas, mais do que ter apenas aquele plano estratégico de a cada X anos vamos fazer uma atualização do plano de formação. Há um elemento de agilidade que hoje é fundamental, sempre numa perspetiva de longo prazo: aquilo que ajuda as pessoas a lidarem com os desafios colocados é esta noção de que, um dia, a situação irá ficar melhor, e que esta é a pessoa indicada para nos levar até lá.
Equilíbrio perfeito entre o talento certo e a tecnologia certa
Também em relação à tecnologia, o professor Pedro Neves é perentório: “Mais do que uma tendência, é uma evidência: não há liderança sem tecnologia. É preciso que a digitalização das empresas se converta no aumento de canais digitais integrados permitindo, por um lado, aliviar a carga administrativa através de um self-service do colaborador; e por outro, fazer análises detalhadas que facilitam uma tomada de decisão do gestor, de forma mais rápida, precisa e eficaz.
Um futuro mais flexível em que a empresa não é mais do que uma extensão da nossa própria vida, em que o líder representa um papel fundamental na retenção do talento na empresa e na motivação tanto individual quanto coletiva, as organizações estão focadas nos colaboradores.
Sim, conseguir alcançar a felicidade, para lá das vitórias e derrotas do dia a dia; ou, segundo José Saramago “viver em harmonia com a nossa própria consciência, com o nosso meio envolvente”.
E se pudesse medir o estado de espírito dos seus colaboradores através de inquéritos de felicidade?
E se soubesse, antecipadamente, quais os colaboradores que precisam de um acompanhamento mais próximo?
E se tivesse a oportunidade de cruzar métricas, conseguir históricos, reconhecer publicamente o desempenho dos pares?
Para além de mensurável, o bem-estar também é tangível.
É por isso que, no final de contas, a felicidade pode estar mais próxima do que imagina e há cada vez mais empresas que acreditam que este é o caminho para reunir as melhores pessoas na organização. E a PHC é uma delas.
Aquele que sempre foi o propósito da PHC Software, better management for happier people, foi transportado para uma solução 100% desenvolvida com o intuito de facilitar, agilizar e promover a gestão integrada de pessoas na empresa, assegurando que a jornada do colaborador é numa experiência memorável e enriquecedora.
Quer saber como potenciar o recurso mais precioso da sua empresa?
Com a solução de Human Capital Management da PHC, querer é poder.