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PRR e transformação digital: empresas mais competitivas
27 de Outubro 2023
Tempo de leitura: 5min
Muito se tem falado do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) mas a importância que representa para a transformação digital do País prova que ainda há bastante por dizer… e por fazer, agora que a Comissão Europeia deu parecer positivo ao primeiro pedido de pagamento de 553 milhões de euros em subsídio e 609 milhões em empréstimo.
Enquanto acelera a recuperação económica face aos efeitos adversos da pandemia, promove reformas e investimentos estruturais que visam aumentar a competitividade da economia e a sua resiliência perante futuros choques externos.
Já ninguém duvida de que a transição digital veio para ficar.
Plano Recuperação e Resiliência: a digitalização é um assunto de todos
Para além de participar ativamente na digitalização do País – pessoas, empresas e Estado – o Plano de Recuperação e Resiliência é a resposta ideal para dar apoio aos objetivos digitais e, assim, conseguir tornar o seu negócio mais competitivo e rentável.
Permitindo o acesso ao conhecimento e aos meios tecnológicos digitais, capazes de promover:
- A modernização do trabalho e dos processos de produção;
- A desmaterialização dos fluxos de trabalho;
- A mitigação dos défices de competências na utilização das tecnologias digitais;
- Abranger de forma equilibrada mulheres e homens;
- A incorporação de ferramentas e metodologias de teletrabalho;
- A criação de novos canais digitais de comercialização de produtos e serviços;
- A adoção de uma cultura de experimentação e inovação;
- Reforço do ecossistema de empreendedorismo nacional e a incorporação de tecnologias disruptivas nas suas propostas de valor das empresas.
A aceleração digital trouxe novas oportunidades para as empresas e, segundo o Portugal Digital, 51% delas têm perspetivas de crescimento.
Boas notícias para um País cujo tecido empresarial é composto 99,9% por PME. É necessário dotar as pessoas de competências digitais em áreas como a agricultura, a restauração, a cultura, o têxtil, a saúde, o imobiliário, entre tantas outras. Todos os setores, de acordo com a sua natureza e necessidades, assistiram à incorporação de tecnologias de informação e métodos que catalisem a transição digital nas suas organizações.
Para Vanda de Jesus, diretora executiva do Portugal Digital: “Não existe uma receita única para um processo de digitalização de sucesso nas PME, mas uma das principais missões do Portugal Digital é mitigar desigualdades no acesso, na execução e na adoção de novas tecnologias, nomeadamente através das estratégias de apoio à capacitação digital dos seus líderes e colaboradores.”
Transformação digital das pessoas e, principalmente, das pequenas e médias empresas
Em 2020, segundo o estudo de Economia Digital em Portugal da ACEPI e da IDC, apesar de 60% das empresas portuguesas estavam presentes na internet, apenas 27% desenvolveram e-commerce e só 25% faziam algum tipo de integração da loja física com a loja online. Em 2019, eram apenas 39% as que tinham presença na Internet.
Para Vanda de Jesus, a evolução tem sido rápida e positiva, mas ainda existem obstáculos a assinalar: “É um crescimento muito significativo num prazo curto de tempo, mas há que compreender as principais barreiras à implementação de soluções de transformação digital nas empresas portuguesas, para conseguirmos continuar a apoiá-las e potenciá-las, sem deixar nenhuma para trás. São assinalados como principais obstáculos os custos elevados, a cultura organizacional e a escassez de pessoas necessárias.”
Hoje sabemos que dotar o tecido empresarial português de competências digitais é muito mais do que garantir que as empresas entrem no mundo do comércio digital. É necessário alargar os horizontes e dar amplitude a um futuro mais competitivo e global.
Os Bairros Comerciais Digitais são exemplo disso mesmo: com o foco na transformação digital dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, esta é apenas uma das muitas medidas catalisadoras do crescimento económico que o PRR contempla.
De forma a fomentar a consciência e os objetivos digitais em várias frentes, a estratégia do Portugal Digital está assente no investimento em espaços para a experimentação de novas tecnologias em Portugal, na capacitação e requalificação das pessoas e para fomentar uma mudança de mindset nos líderes das empresas portuguesas, que têm o papel essencial de impulsionar a transição digital das suas organizações.
Só assim, as metas definidas para os apoios às PME portuguesas serão atingidas mais rapidamente. E conseguem abranger várias áreas através do acesso à inovação, do investimento em novas tecnologias, da internacionalização via e-commerce, das certificações de cibersegurança, acessibilidade, usabilidade e sustentabilidade, entre muitas outras formas de apoio. Razões de peso que fazem Vanda de Jesus acreditar que “este é o caminho certo”.
Sabe qual o Índice de Maturidade Digital da sua empresa? Antes de descobrir quais as ferramentas digitais de que a sua empresa precisa, deve saber qual o potencial da sua organização em termos digitais e, só depois, definir as suas prioridades.
A pensar nisso, o Portugal Digital disponibiliza a possibilidade de fazer esta avaliação de forma rápida e inequívoca, permitindo ao empresário ganhar tempo na hora de fazer o planeamento estratégico do seu modelo de negócio.
“A adoção de softwares de gestão em tudo se relaciona com produtividade”
Empresas mais digitais, são empresas mais competitivas, mais produtivas e mais eficientes. Algo que resulta numa mais-valia para todos, “tanto para as empresas que ganham capacidade de implementar estratégias digitais e flexibilidade para integrar novas tecnologias, como para os colaboradores que estarão mais bem preparados e com maior garantia de empregabilidade para o seu futuro”.
Palavras de Vanda de Jesus num webinar recente que a PHC Software organizou para os seus Parceiros, alusivo precisamente ao tema “A transição digital e o PRR”.
Ela acredita que o primeiro passo é impulsionar o mindset de mudança e inovação.
É fundamental que as empresas vejam na meta digital e na implementação de um software de gestão o impulso necessário para responder às exigências a que o novo paradigma obriga: “A adoção de softwares de gestão em tudo se relaciona com produtividade. À capacidade de incorporação de melhores níveis de automação acresce ainda a capacidade de medição através de uma camada sempre presente de reports e dashboards que possibilitam avaliar diversos indicadores relevantes.”
É relevante relembrar que os softwares de gestão acumulam experiências de décadas de desenvolvimento e que tal pode ser traduzido como uma mais-valia para as empresas adotantes, que poderão num único instante aumentar significativamente a sua maturidade de operação e gestão, o que torna estes softwares verdadeiros catalisadores da mudança digital das empresas: “Muita da oferta aparece no mercado em modelo SaaS (Software as a Service), o que reduz significativamente tanto o ciclo de vida como os custos de adoção, uma vez que as empresas não necessitam de ter nem manter infraestruturas para a sua instalação.“
Afinal, o sucesso não é uma questão de sorte ou azar, mas sim de decisões certas tomadas nas alturas certas.
A transformação digital não é algo longínquo, está a acontecer neste momento e é responsabilidade de todos. Pressupõe um desafio sem precedentes, a garantia de maior eficiência e produtividade das suas pessoas, da capacidade para internacionalizarem as suas operações.
As empresas que não conseguirem adaptar-se à nova realidade irão ficar para trás através de tecnologias disruptivas disponíveis. O PRR permite usufruir de um conjunto de apoios que colocarão a sua empresa na linha da frente para uma sociedade mais digitalizada.
Saiba como executar o seu projeto de sistema de incentivos e faça do Plano de Recuperação e Resiliência o seu melhor investimento….
