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Férias fiscais: como preparar a sua empresa e evitar riscos
17 de junho 2025
Tempo de leitura: 3min
As férias fiscais são um período em que a Autoridade Tributária suspende prazos legais relacionados com notificações e obrigações fiscais. Normalmente ocorrem durante o mês de agosto e representam uma pausa no calendário fiscal, permitindo um ligeiro alívio na pressão dos prazos declarativos. Atenção: esta pausa não significa que todas as obrigações desaparecem nem que as empresas possam abrandar o controlo sobre as suas responsabilidades fiscais. Este é o momento ideal para organizar tarefas, rever processos e preparar o segundo semestre do ano. No entanto, é essencial conhecer exatamente o que está suspenso, aquilo que se mantém ativo e como planear este período sem colocar o negócio em risco. Vamos lá.
O que são as férias fiscais?
As férias fiscais correspondem a um período definido pela Autoridade Tributária em que se suspendem os prazos para obrigações fiscais e respostas a notificações. Este intervalo ocorre, geralmente, entre 1 e 31 de agosto. Durante este período, os contribuintes não são obrigados a cumprir determinados prazos legais, como por exemplo, entregar declarações ou responder a ofícios da AT. O objetivo é simples: aliviar a carga administrativa num mês marcado por férias e menor atividade económica. No entanto, nem todas as obrigações são suspensas. É por isso que este período exige atenção redobrada por parte de quem gere o negócio ou trata da contabilidade.
A quem se aplicam as férias fiscais?
As férias fiscais aplicam-se a todos os contribuintes, incluindo:
- Empresas – sociedades comerciais e entidades coletivas;
- Empresários em nome individual;
- Contabilistas certificados;
- Cidadãos com obrigações fiscais declarativas.
Na prática, este período interessa sobretudo a quem tem responsabilidades na gestão fiscal, como:
- Gestores e administradores, que precisam garantir que a empresa continua em conformidade.
- Departamentos financeiros, que devem planear pagamentos e manter o controlo da tesouraria assegurado.
- Contabilistas, que gerem prazos legais e lidam diretamente com a Autoridade Tributária.
Mesmo que os prazos estejam suspensos, as obrigações não desaparecem, apenas se adiam. Por isso, quem se organiza melhor neste período, ganha vantagem no regresso.
O que está e não está suspenso
Durante as férias fiscais, alguns prazos legais são suspensos, mas nem todas as obrigações deixam de existir. É fundamental saber exatamente o que muda… e aquilo que nem por isso. Suspenso:
- Resposta a notificações e pedidos da AT;
- Contagem de prazos para impugnações, reclamações e recursos;
- Processos de execução fiscal e contraordenações tributárias.
Tudo isto volta ao normal logo depois do final do período de férias fiscais. Não suspenso:
- Pagamentos por débito direto previamente agendados;
- Processos internos de contabilidade e fechos mensais;
- Comunicações automáticas de e-faturas ou documentos de transporte;
- Planeamento e reportes financeiros internos.
Ou seja, o calendário legal abranda, mas a gestão não pode parar. Aproveite para reforçar a organização interna e preparar o que aí vem.
Como preparar a empresa para as férias fiscais
Como já vimos anteriormente, as férias fiscais não são sinónimo de pausa total. São sim uma janela de oportunidade para quem quer manter o negócio em ordem. Partilhamos consigo alguns passos simples que garantem que tudo vai correr bem e sem sobressaltos:
- Antecipe tarefas:
- Reveja o calendário fiscal antes de agosto;
- Garanta que declarações, fechos e reconciliações bancárias estão em dia;
- Evite adiar obrigações para setembro, mês em que está tudo de volta, ao mesmo tempo.
- Confirme notificações e processos em curso:
- Consulte o Portal das Finanças antes da suspensão dos prazos;
- Verifique se existem notificações pendentes ou prazos ativos;
- Garanta que não há ações que fiquem esquecidas durante as férias.
- Alinhe com o seu contabilista:
- Combine prazos internos e responsabilidades;
- Defina o responsável por acompanhar a caixa de correio eletrónica certificada;
- Partilhe o plano de férias com a equipa para assegurar continuidade.
- Use o tempo para organizar e planear:
- Atualize documentos contabilísticos e fiscais;
- Reveja procedimentos internos: classificações, centros de custo, mapas de IVA, etc;
- Prepare o segundo semestre com dashboards de controlo e projeções.
Acredite: com um bom planeamento, as férias fiscais deixam de ser um risco e passam a ser uma vantagem estratégica.
Como é que o software Cegid PHC pode ajudar?
Enquanto os prazos legais ficam suspensos, o ideal é que os processos internos não parem com eles. O importante é aproveitar este tempo para tratar de tudo, ainda com mais rigor. É aqui que entre o software Cegid PHC. Através de soluções completas de gestão, o Cegid PHC permite:
1.Automatizar obrigações
- Alertas inteligentes para prazos fiscais, mesmo quando estão suspensos;
- Integrações automáticas com a AT para submissão de declarações e documentos.
2. Reduzir o erro humano
- Lançamentos contabilísticos orientados através de regras de validação;
- Centralização de dados para controlo em tempo real.
3. Ter visibilidade sobre a saúde fiscal da empresa
- Dashboards com os KPI financeiros e fiscais;
- Relatórios que permitem antecipar pagamentos, obrigações e impactos.
4. Ganhar tempo para aquilo que interessa
- Processos repetitivos como reconciliações ou comunicação de faturas passam a ser automáticos;
- A equipa pode focar-se em analisar, planear e preparar o retomar da atividade, ao invés de apagar fogos.
Mesmo durante o período de férias fiscais, o software Cegid PHC mantém a sua empresa sob controlo, com processos mais inteligentes, rápidos e de acordo com a lei.
Resumindo e concluindo
As férias fiscais são uma pausa no calendário, não nas responsabilidades. Saber exatamente aquilo que está suspenso e o que continua em vigor, é essencial para evitar surpresas e manter a empresa em conformidade. Para a empresa, este período é mais do que um intervalo: é uma oportunidade para organizar o segundo semestre ao pormenor.