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Reconciliação bancária: Finanças organizadas, empresas felizes
27 de Outubro 2023
Tempo de leitura: 5min
A reconciliação bancária é uma tarefa importante para que as empresas mantenham as suas finanças organizadas. É uma forma de garantir que os registos financeiros estão em conformidade com as transações realizadas. No entanto, muitas vezes, existem erros que são cometidos ao longo do processo, o que pode levar a desequilíbrios nas contas e a problemas financeiros.
5 erros mais frequentes na reconciliação bancária – e que deve evitar ao máximo:
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Ignorar transações pendentes
Erro: As transações pendentes, como depósitos ou pagamentos agendados, são frequentes e, se ignoradas, geram um desalinhamento entre o saldo contabilístico e o saldo bancário.
Porquê evitar?
Porque o saldo “disponível” não é necessariamente o saldo real. Isto pode causar decisões erradas de tesouraria ou gerar alarmes falsos de erro.
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Não verificar as datas
Erro: Diferenças de datas entre o registo interno e o extrato bancário podem gerar ruído na reconciliação e dificultar o cruzamento automático de dados.
Porquê evitar?
A reconciliação depende da correta associação entre movimentos. Se as datas não batem certo, aumenta o trabalho manual e o risco de falhas.
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Esquecer-se de incluir taxas bancárias
Erro: Muitas taxas são invisíveis no dia a dia, mas afetam diretamente o saldo real da conta.
Porquê evitar?
As taxas não registadas acumulam desvios no saldo. Além disso, podem esconder padrões de custos evitáveis que deviam ser analisados.
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Não verificar transações duplicadas
Erro: As duplicações são um dos erros mais comuns em processos manuais ou mal automatizados.
Porquê evitar?
Geram inconsistências, distorcem o saldo e dificultam o fecho de contas. Além disso, afetam indicadores financeiros e podem gerar ações desnecessárias, como por exemplo, cobranças em duplicado.
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Falta de documentação adequada
Erro: A reconciliação deve ser auditável. Sem documentação, perde-se a rastreabilidade e a confiança nos números.
Porquê evitar?
A ausência de justificativos compromete o controlo interno e a resposta a auditorias, além de dificultar a descoberta de fraudes ou erros sistémicos.
Mas há mais… tome nota dos 5 erros críticos na reconciliação bancária – e que também são muito frequentes:
- Não fazer reconciliações continuamente
Quanto maior o intervalo entre reconciliações, maior o volume de transações acumuladas e maior a dificuldade em identificar erros. Desta forma, a reconciliação torna-se morosa e menos precisa.
- Confiar cegamente na automatização
Sistemas automáticos ajudam, mas não são infalíveis. Regras mal configuradas ou integrações falhadas podem deixar erros passarem despercebidos. É necessário um controlo humano regular.
- Não considerar câmbios em contas multi-moeda
Diferenças cambiais afetam diretamente os saldos. Ignorar ajustes de conversão pode criar falsos desvios ou omitir perdas/ganhos financeiros.
- Falha na separação entre contas pessoais e empresariais
Misturar fundos pessoais e empresariais – algo que ainda é bastante comum em PME – compromete a clareza financeira e a legalidade dos registos.
- Não investigar discrepâncias identificadas
Aceitar pequenas diferenças como “normais”, sem investigar a origem, pode permitir que erros ou fraudes passem despercebidos por muito tempo.
A reconciliação bancária não é apenas uma tarefa técnica, é também um controlo de confiança e precisão financeira. Pequenos erros podem facilmente escalar, afetando desde o relatório financeiro até à saúde de tesouraria. Com as ferramentas certas, automatize com inteligência e permita um acompanhamento rigoroso. Sim, é possível minimizar riscos e garantir uma reconciliação robusta.